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  • Isabela Moreira

A-76, o maior iceberg do planeta se desprende da Antártica.

Diferente esse nome não? Parece nomenclatura utilizada para naves espaciais, mas tem uma explicação: icebergs são tradicionalmente nomeados pela letra que representa o quadrante antártico onde foram vistos pela primeira vez, seguida de um número. Se o iceberg se quebrar ainda vai uma letra sequencial depois desse número. O primeiro avistamento do A-76 foi realizado pelo oceanógrafo Keith Makinson – integrante do centro britânico de Pesquisas Antárticas - e foi confirmado através da captura de imagens realizadas por um satélite americado.

Foto: European Space Agency, imagem feita pelo satélite Copernicus Sentinel-1 da ESA


Após a confirmação pelo satélite, o iceberg de 4320 km² virou oficialmente um gelo flutuante. Diga-se de passagem que esse gelo flutuante é três vezes o tamanho da cidade de São Paulo. Mas não se preocupe, os cientistas não relacionam seu desprendimento diretamente com as mudanças climáticas. O desprendimento de um Iceberg é um acontecimento natural e comum, faz parte do ciclo natural de formação dos icebergs. Inclusive, considerando que os icebergs são parte de uma plataforma de gelo, seu desprendimento e derretimento não aumenta o nível do mar: é só você pensar que um cubo de gelo em um copo de água não aumenta o nível da bebida no copo.


Foto: Keith Makinson.


Nós teríamos que nos preocupar se a notícia falasse do desprendimento ou quebra de um manto de gelo ou geleira. Isso porque, diferente dos icebergs, os mantos de gelo e geleiras não estão em contato direto com o oceano, ou seja, se eles derreterem vão aumentar o nível do mar: seria colocar uma (ou algumas) pedras ou raspas de gelo em um copo com água Pasme, se todo o manto de gelo da Antártica derreter, o nível do mar poderia subir em cerca de 57 metros. Já pensou em quantos lugares podem desaparecer? Por isso é importante cuidarmos do nosso planeta.






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