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Dia Internacional das meninas e mulheres na ciência

Carla Elliff

Para mim acho que sempre foi muito óbvio pensar em seguir a carreira de cientista do mar. Nasci e cresci em cidades litorâneas e sempre me identifiquei com essa cultura do mar. A oceanografia parecia para mim uma escolha clara e eu não entendia por que não havia mais colegas da minha escola buscando essa área! Eu era chamada de “ecochata” na turma e em casa, mas (normalmente) não me incomodava com essa provocação. Até porque quando o assunto era visitar uma praia bonita, todo mundo concordava comigo que aquilo era o paraíso!

Conhecendo os Concheiros do Albardão durante o doutorado. Extremo sul do RS, 2018


Na faculdade, conheci outras pessoas que também tinham esse mesmo apreço pelo oceano que eu – encontrei meu cardume! Nadamos juntos até que cada um encontrasse o caminho maior que gostaria de seguir. Digo “juntos”, mas na realidade era “juntas”. Ao longo do curso de oceanografia, como em qualquer graduação, temos pessoas que trocam de rota ou que navegam em outro ritmo. Quando me dei conta, estava rodeada apenas por colegas mulheres – aliás, mulheres fantásticas!

Embarcada para um monitoramento de atividade pesqueira. Santos, 2010.


Segui para o mestrado e doutorado e, nessas andanças, tive a oportunidade de conhecer mais do litoral brasileiro, que é maravilhoso! Sejam os recifes de coral da Bahia, os manguezais do litoral paulista, o “vento suli” de Florianópolis, ou a praia quase interminável do Cassino, cada canto tem sua beleza e eu queria poder compartilhar isso. Foi com esse desejo que me juntei à equipe de divulgação científica do Bate-Papo com Netuno.

Mergulho científico durante o mestrado. Arquipélago de Tinharé-Boipeba, BA, 2013


Mais uma vez me vi rodeada de mulheres incríveis! Além de poder explorar as ciências do mar de uma forma totalmente nova, foi com o Bate-Papo com Netuno que encontrei espaço para conversar e aprender sobre ser mulher nas ciências do mar. Me peguei refletindo mais sobre quem foram minhas referências e a importância delas para eu chegar aonde estou hoje. Sou muito grata à todas que me mostraram, mesmo sem que fosse sua intenção, que lugar de mulher é onde ela quiser.

Levantamento de informações com pescadores para o mestrado.

Arquipélago de Tinharé-Boipeba, BA, 2013


Neste Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência queria destacar que não somos poucas e, mais do que isso, somos unidas pelo desejo de avançar em busca de uma sociedade melhor!

Participando da Research Pitching Competition by Skolar & Slush. Finlândia, 2019



Sobre a autora: Carla Elliff

Oceanógrafa pela Unimonte com mestrado e doutorado em geologia pela UFBA. Pelas andanças da pós-graduação passou pela Universidad da Cantabria na Espanha, UFSC e FURG. Atualmente é pesquisadora pós-doc no Instituto Oceanográfico da USP.

Adora viajar, ler, caminhar pela praia, nadar (na piscina ou no mar!) e fazer crochê. É adepta do lema “gentileza gera gentileza” para fazer do mundo um lugar melhor.

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